










Pertence a um ramo dos mamíferos designado por xenartas ou “desdentados”. Na verdade, estes animais não são desprovidos de dentição. O que acontece é que os seus dentes reduzem-se a duas simples fileiras homogéneas, uma superior e outra inferior, onde não é possível distinguir tipos diferentes de dentes, como normalmente acontece com a maioria dos restantes mamíferos. Incluem-se neste grupo, as actuais preguiças arborícolas.
A maior parte do seu imenso corpo era protegido por uma pesada couraça semelhante a uma cúpula. Ao contrário do tatu, não se enrolava sobre si mesmo por esta pesada carapaça ser um bloco único, apesar de ter o topo da sua cabeça igualmente protegida. A sua cauda, também completamente revestida, era uma importante arma de defesa. Toda esta poderosa armadura era sustentada por patas curtas e robustas, cujos dedos terminavam em sólidos cascos. Como é fácil presumir, este animal era de locomoção lenta e, devido a isso, nunca atacava por iniciativa própria, permanecendo sempre na defensiva.
Os seus vestígios que até nós chegaram, referem que não existia apenas uma espécie de gliptodonte. Havia uma maior de todas, que media perto de 4 metros de comprimento e a sua cauda terminava num aglomerado de espinhos acerados, que fazia lembrar as maças dos antigos guerreiros medievais. Havia outra que, em termos de comprimento, media à volta de 2 metros, apesar da sua carapaça ser a maior em termos de altura. A sua cauda, simplesmente protegida por anéis e alguns tubérculos, dava-lhe um aspecto menos ameaçador do que a anterior. No meio destas duas espécies conhecidas, havia uma outra com um comprimento que podia ultrapassar os 3 metros de comprimento, mas que tinha a cauda completamente revestida de espinhos. Esta espécie foi, segundo alguns estudos, a representante final destes mamíferos antes da sua extinção.
Este animal, pelas suas dimensões e silhueta, fazia lembrar um automóvel Wolkswagen clássico. Devido a toda a sua armadura óssea, estava, logo à partida, protegido dos ataques de grande parte dos predadores então existentes. Estes, só o podiam atingir caso fossem bem sucedidos quanto a virá-los de pernas para o ar, podendo, desta forma, expor as partes mais frágeis do seu corpo. Esta sua profusa defesa óssea, associada às grandes dimensões, trazia-lhe a grande desvantagem da lentidão ao deslocar-se.
O Eryops constituía, no campo dos anfíbios, o topo da cadeia alimentar. Era um predador carnívoro muito voraz, embora de lenta locomoção em terra, mas um caçador muito ágil e temível dentro de água. Foi, decerto, o maior anfíbio que sempre existiu sobre a Terra. Era o verdadeiro símbolo de um período em que os anfíbios dominavam a superfície terrestre e representava um ponto máximo em termos de evolução.
Desenvolvera um crânio sólido e de grandes dimensões, com umas mandíbulas poderosas e só hoje comparáveis aos maiores crocodilos. As suas patas eram curtas, mas fortemente robustas e faziam do Eryops um nadador tão eficiente como as outras criaturas aquáticas. A sua pele tornou-se dura e quase couraçada, a ponto de lhe permitir percorrer grandes distâncias em terra sem precisar de temer a desidratação.
Apesar de tudo os exemplares existentes, no seu estado adulto, podiam ultrapassar os 2,50 metros e quase não tinham predadores a temer. Neste caso, a excepção poder-se-ia abrir para um ou outro peixe carnívoro de maiores dimensões, mas o facto de ele passar longos períodos tanto em terra como em zonas pantanosas, onde aqueles não podiam penetrar, tornava estes encontros letais algo esporádicos.
A determinada altura, sobretudo nas fases finais do período Permiano, havia também que contar com o número crescente de répteis primitivos, tendo alguns atingido já então dimensões consideráveis e podendo constituir um perigo para o próprio Eryops. Entre estes últimos, encontrava-se o Dimetrodon, pertencente a um ramo extremamente avançado dos répteis, dotado de uma capacidade de retenção de calor e que, desta forma, anunciava já os futuros mamíferos. Deslocava-se agilmente nas suas quatro patas e tinha como característica mais notável a enorme “vela” sobre o dorso. Devido ao facto de estar mais bem equipado para viver e deslocar-se em terra firme, constituía um predador temível para os, então ainda predominantes, anfíbios que se deslocavam muito lentamente fora da água. Por outro lado, tal como acontecia com os restantes répteis, era muito maior a sua capacidade para percorrer longas distâncias e mesmo os seus ovos não precisavam de ser postos na água para a sua gestação, por já serem providos de uma sólida casca, o que lhes permitiria resistir sem problemas aos maiores períodos de seca.
Devido a esta crescente proliferação de répteis cada vez mais sofisticados e versáteis, associada a períodos cada vez mais longos de seca e altas temperaturas, o Eryops foi perdendo o seu domínio até se extinguir no final do período Permiano. A partir daqui, os anfíbios, até então senhores da Terra, foram definitivamente suplantados pelos emergentes répteis.
Temos dois progenitores, pertencentes a uma certa espécie de rato de pelagem amarela, em que ambos, no que respeita à cor do seu pêlo, possuem um gene dominante e um recessivo. O dominante (Ay) é o que produz a cor amarela e o recessivo (a) produz outra cor não-amarela, neste caso, o preto ou cinzento-escuro. São por isso, no que respeita à cor da sua pelagem, heterozigóticos (Ay a). O gene recessivo (a) nunca se manifestaria em heterozigose nestes dois exemplares, mas continuará sempre presente nas gerações futuras.
Ao acasalarem, estes dois exemplares podem gerar uma prole numericamente variável, em que se esperarão outros novos exemplares em que a combinação dos genes da cor do pelo surge em heterozigose (Ay a), ou seja, semelhantes aos progenitores. No entanto, é de esperar que entre essa prole surjam alguns, em que a combinação dos genes tenda para a homozigose (a a). No exemplo tomado como referência, estes elementos da ninhada surgem com uma cor de pelagem diferente, neste caso, escura. Aparentemente, parecem não ter nada que ver com os respectivos progenitores, mas o que na verdade aconteceu foi uma combinação do gene recessivo em homozigose. Aliás, quase só em homozigose se poderão manifestar os genes recessivos. No entanto, a combinação de genes, tanto recessivos como dominantes em homozigose, pode inviabilizar o desenvolvimento de novos seres.
No caso aqui exemplificado, isto acontece com o gene dominante que produz a cor da pelagem amarela. Se este surgir em homozigose (Ay Ay), será uma combinação letal. Desta forma, em diversas experiências laboratoriais, verificou-se a morte de diversos exemplares, muitos deles na fase ainda embrionária. Curiosamente, quando se combinavam progenitores com um esquema genético diferente, ou seja, um heterozigótico (Ay a) e o outro homozigótico (a a), as ninhadas resultantes eram aproximadamente 25% mais numerosas, do que no caso acima exemplificado.
A razão aqui talvez se devesse ao facto de terem surgido mais descendentes com os genes dominante (Ay) e recessivo (a) combinados em heterozigose (Ay a) e também um número mais vasto de espécimes com o gene recessivo em homozigose (a a). Paralelamente, ocorreriam menos casos de homozigose do gene dominante da cor amarela (Ay Ay), o que significaria menos mortes durante a fase de gestação e, em consequência, ninhadas maiores.
O seu aspecto algo bizarro deu origem a que, durante algum tempo, se considerasse um completo embuste as suas primeiras referências, feitas pelos primeiros colonos ocidentais a chegarem ao continente australiano.
O equidna também se destaca pelo seu aspecto algo peculiar, embora seja por vezes confundido com o ouriço-cacheiro, devido aos longos espinhos que cobrem o seu dorso e ao facto de também se enrolar sobre si mesmo quando ameaçado. O seu focinho termina num longo bico, que lhe dá igualmente uma fisionomia algo semelhante a um pequeno tamanduá.
Ao contrário do semi-aquático ornitorrinco, o equidna prefere as zonas mais secas e densamente florestadas, principalmente ao nível da vegetação rasteira, onde ele encontra os insectos que constituem a base da sua alimentação, com destaque para as formigas.
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Dingo. |
Foi vítima, entre o fim do século XIX e o princípio do século XX, de perseguições indiscriminadas e implacáveis por parte sobretudo de fazendeiros, criadores de gado e grandes proprietários. Para agravar as coisas, muitos deles foram incentivados, pelos governos centrais e locais, com a possibilidade de receberem prémios avultados por cada exemplar morto, inclusive se se tratasse de ninhadas completas. Há registos fotográficos, alguns revelando requintes de crueldade, onde surgem esses caçadores mostrando, com orgulho desmedido, os exemplares mortos, tanto com o fim de receberem o dinheiro prometido, como de mostrarem alguma valentia e ousadia.