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Dado que a colecção de Solomon Guggenheim se centrava em obras de arte moderna e contemporânea, seria de esperar que o novo e definitivo espaço do museu, em cujo projecto se começaria a trabalhar ainda na década de 40, fosse ele próprio de uma arquitectura pertencente às correntes mais inovadoras. Após um breve período de sondagens e contactos, Solomon Guggenheim encontraria o arquitecto ideal para o seu projecto na pessoa do já muito famoso, e nem sempre consensual, Frank Lloyd Wright.
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A partir dos anos 80, a Fundação Guggenheim, graças à fama que o seu museu de Nova York granjeava um pouco por todo o mundo, decidiu implementar uma politica de expansão, encabeçada, entre outros, pelo seu director Thomas Krens.
Esta nova politica de expansão da Fundação Guggenheim de forma a se dar a conhecer ainda mais além fronteiras, levou a que se iniciasse a elaboração de diversos projectos destinados à construção de novos museus noutros locais do globo. Foi na sequencia disto que se começou a trabalhar na construção do seu “representante” em Bilbau. O arquitecto escolhido para projectar este novo edifício foi Frank Owen Gehry, nascido em 1929 em Toronto no Canadá.
Tratou-se de um projecto muito ambicioso e algo complexo, mas sem deixar de ser bastante original e imaginativo, em cuja elaboração estiveram envolvidas duas equipas, uma em Bilbau, outra em Los Angeles. A construção do edifício, extendeu-se de 1992 a 1997, ano da sua abertura. Foram anos de trabalho atento e rigoroso, onde se elaboraram e desfizeram maquetes reais e virtuais para cada uma das partes que formariam o conjunto final, com recurso a tecnologia informática de topo. Durante vários anos, muitos especialistas puseram em causa a possibilidade da execução real do edifício devido à complexidade das suas formas. Para além disto, a sua construção revelar-se-ia algo dispendiosa, o que reforçaria as críticas de todos aqueles que achavam quase experimentais as inovações utilizadas na sua construção que, para além disto, têm tornado os seus custos de manutenção e limpeza algo elevados.
Apesar disto, o Guggenheim de Bilbau, sem esquecer o espaço físico circundante, é um museu de vanguarda e, segundo muitas opiniões, o seu edifício chega a ser mais atraente do que as próprias obras expostas. Há quem defenda que o seu carácter de vanguarda só é visível no exterior, devido ao facto da sua função básica, enquanto museu, ser conservar e expor obras, tal como a generalidade de todos os outros museus do mundo. No entanto, mesmo cingindo-se a estas funções básicas, é difícil não reconhecer uma grande originalidade na organização do seu espaço interior, nomeadamente na proximidade com que as obras surgem defronte do olhar dos visitantes, a utilização profusa e estrutural de elementos multimédia, um aproveitamento quase total da luz natural onde é possível, o jogo de contrastes conseguido ao fazer coexistir colecções tão distintas e uma sensação de movimento permanente contrastando com a generalidade dos museus mais clássicos.
Esta nova politica de expansão da Fundação Guggenheim de forma a se dar a conhecer ainda mais além fronteiras, levou a que se iniciasse a elaboração de diversos projectos destinados à construção de novos museus noutros locais do globo. Foi na sequencia disto que se começou a trabalhar na construção do seu “representante” em Bilbau. O arquitecto escolhido para projectar este novo edifício foi Frank Owen Gehry, nascido em 1929 em Toronto no Canadá.
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Por outro lado, este museu inovador e original, devido ao seu carácter desconstrutivista e algo inimigo das clássicas barreiras físicas e visuais, é um digno herdeiro de muitas das obras e do espírito de Frank Lloyd Wright. Para além disto, este museu ajudou a assinalar no mapa cultural mundial a cidade de Bilbau, cujo governo local tudo fez, desde o início, para ser a escolhida para albergar uma instituição com tal gabarito, para além de ter financiado a sua construção, bem como se insere, com justiça, num mais vasto plano de revitalização urbana local e de interacção entre esta cidade e o seu rio.
Menos consensual será, talvez, a existência de uma via rápida superior que passa por cima do museu e não parece ser muito do agrado de quem reside perto dela. Mesmo assim, parece que a própria zona onde se insere o Guggenheim, viu ser "dourada a pílula" com a construção de uma escada de acesso directo à via superior, inserida numa torre que segue os mesmos moldes, tanto materiais quanto estéticos, do próprio museu, parecendo mesmo dele fazer parte.
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