segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Sobre a imagem exterior dos museus

Fachada principal do British Museum, em Londres.

A partir do momento em que o museu abre as suas portas ao público, inicia-se um novo e mais importante período da sua existência. A instituição poderá finalmente ser sujeita a uma avaliação mais concreta do trabalho realizado até então. O teste dos visitantes é decisivo e implacável.

Os erros cometidos durante a fase em que o museu se concebeu, edificou e organizou internamente, vão agora fazer sentir as suas consequências.

Perante as imperfeições detectadas, a direção do museu será levada, fazer uma planificação mais atenta e exigente, a acompanhar mais de perto o desempenho das suas equipas de trabalho e a fazer eventuais ajustes de pessoal. Mais uma vez, não se deve pôr de parte o eventual despedimento de alguns funcionários menos competentes, caso se detectem situações de descuido ou negligência sistemáticas. 

Os problemas poderão surgir agora com muito maior frequência, nem sempre por culpa dos funcionários nem de quem os dirige.

Alguns dos problemas que podem ocorrer, quando a responsabilidade é do pessoal do museu, são exposições onde que não exista relação entre uma ou várias peças expostas e o nome que lhes é atribuído; ausência de placas indicativas do nome das peças num ou mais casos; danos existentes em peças e expositores; desaparecimento de objetos sem justificação plausível e coleções desorganizadas.

Quando as causas são intrínsecas ao espaço do museu, podem ficar permanentemente comprometidas muitas das iniciativas previstas, apesar de toda a competência dos seus funcionários. Entre estes problemas destacam-se a falta de espaço, a dimensão inadequada das várias divisões, portas demasiado estreitas para transportar expositores de maior tamanho, demasiada luz natural, fraco isolamento térmico e calor excessivo nos meses mais quentes.

Isto tudo obriga a planificações de recurso e a um reaproveitamento dos espaços de uma forma diferente do previsto e, se possível, obras adicionais.

A nível das irregularidades que mais atingem diretamente os visitantes, para além do fraco arejamento dos espaços ou pelo contrário, o frio excessivo, existem por vezes dificuldades de mobilidade no interior dos espaços, falta de higiene a nível dos lavabos, bem como ausência de rampas para deficientes.

Outra das críticas feitas aos museus, tem a ver com o seu horário de funcionamento, pouco satisfatório para a generalidade dos horários laborais. Funcionam quando muita gente não tem disponibilidade para aí se deslocar e alguns fecham aos Domingos e feriados, precisamente em dias de potencial maior afluência. No entanto, muitos resolveram este problema, adotando um funcionamento de horário por turnos. Espera-se agora que os outros enveredem pelo mesmo caminho da flexibilização dos horários, permitindo, por exemplo, o funcionamento dos museus em horário pós-laboral.

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