Nos dias 29 e 30 de Novembro realizou-se no Auditório do Edifício Central da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, localizado seu no Pólo II, o Seminário “Univer(s)cidade – desafios e propostas de uma Candidatura a Património da Humanidade”. Trata-se de uma ideia já defendida desde há largos anos e por um número crescente de defensores. Este evento permitiu desenhar um quadro acerca das ações que será necessário desenvolver no futuro de forma a tentar resolver ou pelo menos minimizar, toda uma série de problemas, muitos deles de longa data, como o mau estado de conservação de diversos edifícios da zona antiga da Alta coimbrã, bem como a progressiva desertificação habitacional do seu centro histórico, muitas vezes maioritariamente habitado por uma decrescente população idosa. Ao falar-se no valor patrimonial da Universidade de Coimbra, é impossível ficar-se confinado a este núcleo de edifícios, dissociando-os da área urbana envolvente. Por outras palavras, a própria cidade de Coimbra no seu todo e as pessoas que nela habitam, ou simplesmente lhe dão vida, estão envolvidas nesta temática, ainda que não sejam diretamente mencionadas.
A pretexto disto, são feitas comparações com outras localidades, tanto em Portugal como no estrangeiro, onde foram ou estão a ser postas em prática políticas concertadas de salvaguarda do seu respectivo património, com especial destaque para a componente arquitetónica mas sem excluir outros elementos envolvidos, fazendo-se uma análise dos resultados entretanto obtidos, com maior ou menor sucesso, e os obstáculos que ainda existirão para ser ultrapassados. Foram referidos exemplos mais ou menos bem sucedidos de reabilitação urbana, nomeadamente nas cidades de Santiago de Compostela e Guimarães, bem como a forma como o desenvolvimento urbano das cidades pode ter alguns efeitos mais ou menos perniciosos para os respectivos centros históricos, tal como tem acontecido em Salvador da Bahia, no Brasil.
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