Este Museu Guggenheim de Bilbao é um dos cinco museus existentes no mundo (foram, entretanto, projectados mais alguns), que pertencem à Fundação Solomon R. Guggenheim, criada em 1937, por iniciativa do filantropo norte-americano e coleccionador de arte Solomon Robert Guggenheim, com o apoio da artista Hilla von Rebay. O primeiro museu desta fundação, fora criado em Mannhattan em 1939 e ficou, durante algum tempo, instalado num centro de exposições originalmente vocacionado para exibir automóveis. No entanto, o seu mentor, Solomon Guggenheim, desde o início que havia idealizado um espaço definitivo para esta instituição, que pudesse ir ao encontro do seu desejo de criar algo inovador e arrojado e que proporcionasse aos visitantes uma nova forma de olhar as obras de arte.
Dado que a colecção de Solomon Guggenheim se centrava em obras de arte moderna e contemporânea, seria de esperar que o novo e definitivo espaço do museu, em cujo projecto se começaria a trabalhar ainda na década de 40, fosse ele próprio de uma arquitectura pertencente às correntes mais inovadoras. Após um breve período de sondagens e contactos, Solomon Guggenheim encontraria o arquitecto ideal para o seu projecto na pessoa do já muito famoso, e nem sempre consensual, Frank Lloyd Wright. Este agarra então nas ideias ainda um tanto inseguras de Solomon Guggenheim e decide conceber um espaço museológico que ele próprio definiria como um “templo do espírito”. As ideias que o fundador S. Guggenheim preconizava, nomeadamente a de as exposições de arte poderem ser também grandes instalações onde o visitante circulasse livremente, vivendo-as e sentindo-as de perto e (porque não?) delas pudesse fazer parte, eram extremamente difíceis de concretizar arquitectonicamente. O arquitecto Frank L. Wright, destemido e empreendedor, aceita o desafio que lhe foi proposto por S. Guggenheim, acabando por transformar o desenho e construção deste novo museu, como um dos seus maiores e mais pessoais projectos de vida. É preciso não esquecer que a construção, propriamente dita, do novo museu só se iniciaria em 1956 e a sua inauguração deu-se, por fim, em 1959, meses depois do falecimento de Frank Lloyd Wright. O resultado final, foi um edifício de grandes dimensões e de características pioneiras e com uma arquitectura que, então, fugia aos modelos tradicionais, mas que, a partir daqui, iria servir de modelo a edifícios de todos os géneros e finalidades, construídos um pouco por todo o mundo. Frank Lloyd Wright quis que este novo museu fosse completamente diferente de qualquer outro, até então conhecido e, refira-se desde já, que este arquitecto assumiu a dianteira de todo o projecto, a partir do falecimento de S. Guggenheim, no ano de 1949. As ideias concebidas por um, converteram-se numa missão de vida para o outro. Durante décadas, o Museu Guggenheim de Nova York foi o único do seu nome e um dos locais mais importantes onde se albergava uma das maiores colecções de arte moderna e contemporânea no mundo, para além do modelo inovador de concepção de museu a que os especialistas na matéria, daí em diante, já não podiam ficar indiferentes, apesar de alguma polémica surgida aquando da sua inauguração. Era também um novo modelo de edifício que iria influenciar mesmo a própria Arquitectura em geral.
Dado que a colecção de Solomon Guggenheim se centrava em obras de arte moderna e contemporânea, seria de esperar que o novo e definitivo espaço do museu, em cujo projecto se começaria a trabalhar ainda na década de 40, fosse ele próprio de uma arquitectura pertencente às correntes mais inovadoras. Após um breve período de sondagens e contactos, Solomon Guggenheim encontraria o arquitecto ideal para o seu projecto na pessoa do já muito famoso, e nem sempre consensual, Frank Lloyd Wright. Este agarra então nas ideias ainda um tanto inseguras de Solomon Guggenheim e decide conceber um espaço museológico que ele próprio definiria como um “templo do espírito”. As ideias que o fundador S. Guggenheim preconizava, nomeadamente a de as exposições de arte poderem ser também grandes instalações onde o visitante circulasse livremente, vivendo-as e sentindo-as de perto e (porque não?) delas pudesse fazer parte, eram extremamente difíceis de concretizar arquitectonicamente. O arquitecto Frank L. Wright, destemido e empreendedor, aceita o desafio que lhe foi proposto por S. Guggenheim, acabando por transformar o desenho e construção deste novo museu, como um dos seus maiores e mais pessoais projectos de vida. É preciso não esquecer que a construção, propriamente dita, do novo museu só se iniciaria em 1956 e a sua inauguração deu-se, por fim, em 1959, meses depois do falecimento de Frank Lloyd Wright. O resultado final, foi um edifício de grandes dimensões e de características pioneiras e com uma arquitectura que, então, fugia aos modelos tradicionais, mas que, a partir daqui, iria servir de modelo a edifícios de todos os géneros e finalidades, construídos um pouco por todo o mundo. Frank Lloyd Wright quis que este novo museu fosse completamente diferente de qualquer outro, até então conhecido e, refira-se desde já, que este arquitecto assumiu a dianteira de todo o projecto, a partir do falecimento de S. Guggenheim, no ano de 1949. As ideias concebidas por um, converteram-se numa missão de vida para o outro. Durante décadas, o Museu Guggenheim de Nova York foi o único do seu nome e um dos locais mais importantes onde se albergava uma das maiores colecções de arte moderna e contemporânea no mundo, para além do modelo inovador de concepção de museu a que os especialistas na matéria, daí em diante, já não podiam ficar indiferentes, apesar de alguma polémica surgida aquando da sua inauguração. Era também um novo modelo de edifício que iria influenciar mesmo a própria Arquitectura em geral.
A partir dos anos 80, a Fundação Guggenheim, graças à fama que o seu museu de Nova York granjeava um pouco por todo o mundo, decidiu implementar uma politica de expansão, encabeçada, entre outros, pelo seu director Thomas Krens.
Esta nova politica de expansão da Fundação Guggenheim de forma a se dar a conhecer ainda mais além fronteiras, levou a que se iniciasse a elaboração de diversos projectos destinados à construção de novos museus noutros locais do globo. Foi na sequencia disto que se começou a trabalhar na construção do seu “representante” em Bilbau. O arquitecto escolhido para projectar este novo edifício foi Frank Owen Gehry, nascido em 1929 em Toronto no Canadá.
Tratou-se de um projecto muito ambicioso e algo complexo, mas sem deixar de ser bastante original e imaginativo, em cuja elaboração estiveram envolvidas duas equipas, uma em Bilbau, outra em Los Angeles. A construção do edifício, extendeu-se de 1992 a 1997, ano da sua abertura. Foram anos de trabalho atento e rigoroso, onde se elaboraram e desfizeram maquetes reais e virtuais para cada uma das partes que formariam o conjunto final, com recurso a tecnologia informática de topo. Durante vários anos, muitos especialistas puseram em causa a possibilidade da execução real do edifício devido à complexidade das suas formas. Para além disto, a sua construção revelar-se-ia algo dispendiosa, o que reforçaria as críticas de todos aqueles que achavam quase experimentais as inovações utilizadas na sua construção que, para além disto, têm tornado os seus custos de manutenção e limpeza algo elevados.
Apesar disto, o Guggenheim de Bilbau, sem esquecer o espaço físico circundante, é um museu de vanguarda e, segundo muitas opiniões, o seu edifício chega a ser mais atraente do que as próprias obras expostas. Há quem defenda que o seu carácter de vanguarda só é visível no exterior, devido ao facto da sua função básica, enquanto museu, ser conservar e expor obras, tal como a generalidade de todos os outros museus do mundo. No entanto, mesmo cingindo-se a estas funções básicas, é difícil não reconhecer uma grande originalidade na organização do seu espaço interior, nomeadamente na proximidade com que as obras surgem defronte do olhar dos visitantes, a utilização profusa e estrutural de elementos multimédia, um aproveitamento quase total da luz natural onde é possível, o jogo de contrastes conseguido ao fazer coexistir colecções tão distintas e uma sensação de movimento permanente contrastando com a generalidade dos museus mais clássicos.
Esta nova politica de expansão da Fundação Guggenheim de forma a se dar a conhecer ainda mais além fronteiras, levou a que se iniciasse a elaboração de diversos projectos destinados à construção de novos museus noutros locais do globo. Foi na sequencia disto que se começou a trabalhar na construção do seu “representante” em Bilbau. O arquitecto escolhido para projectar este novo edifício foi Frank Owen Gehry, nascido em 1929 em Toronto no Canadá.
Tratou-se de um projecto muito ambicioso e algo complexo, mas sem deixar de ser bastante original e imaginativo, em cuja elaboração estiveram envolvidas duas equipas, uma em Bilbau, outra em Los Angeles. A construção do edifício, extendeu-se de 1992 a 1997, ano da sua abertura. Foram anos de trabalho atento e rigoroso, onde se elaboraram e desfizeram maquetes reais e virtuais para cada uma das partes que formariam o conjunto final, com recurso a tecnologia informática de topo. Durante vários anos, muitos especialistas puseram em causa a possibilidade da execução real do edifício devido à complexidade das suas formas. Para além disto, a sua construção revelar-se-ia algo dispendiosa, o que reforçaria as críticas de todos aqueles que achavam quase experimentais as inovações utilizadas na sua construção que, para além disto, têm tornado os seus custos de manutenção e limpeza algo elevados.
Apesar disto, o Guggenheim de Bilbau, sem esquecer o espaço físico circundante, é um museu de vanguarda e, segundo muitas opiniões, o seu edifício chega a ser mais atraente do que as próprias obras expostas. Há quem defenda que o seu carácter de vanguarda só é visível no exterior, devido ao facto da sua função básica, enquanto museu, ser conservar e expor obras, tal como a generalidade de todos os outros museus do mundo. No entanto, mesmo cingindo-se a estas funções básicas, é difícil não reconhecer uma grande originalidade na organização do seu espaço interior, nomeadamente na proximidade com que as obras surgem defronte do olhar dos visitantes, a utilização profusa e estrutural de elementos multimédia, um aproveitamento quase total da luz natural onde é possível, o jogo de contrastes conseguido ao fazer coexistir colecções tão distintas e uma sensação de movimento permanente contrastando com a generalidade dos museus mais clássicos.
Por outro lado, este museu inovador e original, devido ao seu carácter desconstrutivista e algo inimigo das clássicas barreiras físicas e visuais, é um digno herdeiro de muitas das obras e do espírito de Frank Lloyd Wright. Para além disto, este museu ajudou a assinalar no mapa cultural mundial a cidade de Bilbau, cujo governo local tudo fez, desde o início, para ser a escolhida para albergar uma instituição com tal gabarito, para além de ter financiado a sua construção, bem como se insere, com justiça, num mais vasto plano de revitalização urbana local e de interacção entre esta cidade e o seu rio. Menos consensual será, talvez, a existência de uma via rápida superior que passa por cima do museu e não parece ser muito do agrado de quem reside perto dela. Mesmo assim, parece que a própria zona onde se insere o Guggenheim, viu ser "dourada a pílula" com a construção de uma escada de acesso directo à via superior, inserida numa torre que segue os mesmos moldes, tanto materiais quanto estéticos, do próprio museu, parecendo mesmo dele fazer parte.
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