Reinhard Heydrich (1904-1942). |
Reinhard Heydrich (1904-1942). |
Reinhard Heydrich (1904-1942) quando havia ingressado na Marinha com o intuito de aí fazer carreira. |
Reinhard Heydrich (1904-1942) com Benito Mussolini (1883-1945) e Heinrich Himmler (1900-1945). |
Reinhard Heydrich(1904-1942) e Karl Hermann Frank (1898-1946). |
Reinhard Heydrich (1904-1942) em Praga, já no cargo de "Protector" com Karl Hermann Frank (1898-1946) um dos "Protectors" adjuntos. |
Arthur Seyss-Inquart (1892-1946), "gauleiter" da Holanda ocupada entre 1940 e 1945, Adolf Hitler (1889-1945), Heinrich Himmler (1900-1945) e Reinhard Heydrich (1904-1942). |
Wilhelm Frick (1877-1946). |
Karl Hermann Frank (1898-1946). |
Reinhard Heydrich (1904-1942). |
Reinhard Heydrich (1904-1942) com Heinrich Himmler (1900-1945) e Hermann Göering (1893-1946). |
Reinhard Heydrich (1904-1942) e Karl Hermann Frank (1898-1946). |
Heinrich Himmler (1900-1945) e Reinhard Heydrich (1904-1942). |
Com a esposa num evento público em Praga. "Por detrás de um homem muito cruel, há uma mulher extremamente cruel!". |
Uma das muitas reconstituições do atentado onde foi eliminado. |
Aspeto do carro de Reinhard Heydrich (1904-1942), logo a seguir ao atentado. |
Funeral de Reinhard Heydrich (1904-1942), onde Hermann Göering (1893-1946), Adolf Hitler (1889-1945) e Martin Bormann (1900-1945) marcaram presença. |
O ator John Carradine (1906-1988) no papel de "Reinhard Heydrich". |
Imagem de um dos muitos massacres que se seguiram à eliminação de Heydrich. |
Selo alemão com "máscara mortuária" de Heydrich. |
Contava-se que Reinhard Tristan Eugen Heydrich (1904-1942), um oficial nazi nascido em Halle (der Saale), na Alemanha, seria o potencial sucessor de Adolf Hitler, caso este morresse "antes do tempo". Rumores chegavam a afirmar que até Heinrich Himmler tinha medo dele... Este Reinhard Heydrich (1904-1942), contrariamente a muitos dos seus "confrades", provinha de uma família abastada, tinha uma formação cultural acima da média (nomeadamente em música, pois o seu pai era um compositor e maestro reputado na sua terra natal e a sua mãe uma professora de piano, que o incentivariam também a ser um violinista virtuoso) e era extremamente inteligente, para além de um desportista de excelência. Um detalhe importante para a "construção" de uma criatura desta natureza, foram os boatos que existiam acerca da sua eventual "ascendência judaica" e o que ele e a sua família haviam sofrido com isto, o que os levou a serem nazis fanáticos desde a primeira hora. Desde a sua mais remota infância, Reinhard Heydrich (1904-1942) havia sido severamente educado pela sua família a procurar a máxima excelência em tudo o que fosse possível, o que terá contribuído para a sua ambição pessoal sem limites.
Enquanto adolescente, assistiu ao conturbado período do final da 1ª Grande Guerra Mundial, quando o desenrolar dos acontecimentos já era desfavorável para a Alemanha Imperial e seus aliados, tendo-se gerado uma situação de crescente crise, com os seus habitantes a passarem por situações de carestia, desemprego, pobreza e fome. A família de Reinhard Heydrich (1904-1942) foi das que sofreu, de certa forma, com esta situação já sem retorno e o facto de pessoas suas conhecidas estarem a atravessar situações bem piores de penúria, não deixaria de causar perturbação adicional. Mais ainda marcante foi o período que se sucedeu à derrota de 1918 e, principalmente, subsequente ao "Tratado de Versalhes", que muitos alemães consideraram injusto e que foi lesivo pelas perdas territoriais que isso implicou, com destaque para a criação do denominado "Corredor de Danzig" que era a única forma de a, então, recém criada Polónia ter o vital acesso ao mar, mas que também causaria uma fragmentação adicional do território germânico. Este muito conturbado período, foi palco de inúmeras revoltas em todo o território da Alemanha, onde se defrontavam forças civis e paramilitares politicamente de estrema esquerda e de extrema direita, que provocavam vítimas mesmo entre a população civil. As fações de extrema esquerda começariam a incorporar a ideologia proveniente do Comunismo que, por aquela altura, orientava a então recém-criada União Soviética.
A família de Reinhard Heydrich (1904-1942) era apoiante fervorosa das fações de extrema-direita. Reinhard Heydrich (1904-1942), ainda adolescente, alistar-se-ia numa das mais poderosas forças de extrema-direita, que integrava ex-combatentes e da qual se formaria o futuro Partido Nazi: os "Freikorps". Os "Freikorps" estavam em confronto direto com as forças comunistas que, além do mais, pretendiam ainda tomar conta do poder central da Alemanha. Os "Freikorps" e os comunistas, por diversas vezes, chegaram a confrontar-se bélicamente, havendo vítimas para ambos os lados. Para Heydrich, isto contribuiu para também cimentar o seu ódio aos comunistas, para além do já há muito enraizado ódio aos judeus. Após um breve período nos "Freikorps", Reinhard Heydrich (1904-1942) alistou-se na Marinha, com intenções de aí fazer carreira.
Quando ele aderiu ao recém-criado Partido Nazi, cujos dirigentes conhecidos ele, inicialmente, olhava com desdém, já a sua mãe, a sua avó e mesmo a sua futura mulher eram apoiantes fanáticas e, decerto, todo o resto da sua família e amizades próximas, partilhavam desta ideologia. Para além disto, Reinhard Heydrich (1904-1942) havia sido expulso da Marinha, após uma breve carreira que parecia promissora, e viu-se, a determinada altura, sem futuro à vista. Incentivado pela sua mãe e também pela futura mulher, Heydrich começa desde logo, a estreitar relações com importantes figuras do Partido Nazi, nomeadamente Heinrich Himmler, com o intuito de iniciar uma futura carreira nas suas fileiras. Desde logo, a sua devoção fanática à ideologia nazi, impressionaria positivamente diversos membros influentes deste partido em ascensão, inclusive Adolf Hitler (1889-1945) que começaria a ver nele o seu verdadeiro "delfim". Em pouco tempo, consegue ver-se colocado em posições-chave e de liderança, primeiro nas "SS" e, de seguida, na chefia do "SD", o principal "departamento de segurança" do Partido Nazi. Após a tomada do poder na Alemanha pelos nazis, a 30 de Janeiro de 1933, a ascensão de Reinhard Heydrich (1904-1942) é rápida e ele torna-se um dos indivíduos mais poderosos da Alemanha Nazi, logo atrás de Hitler. Acumularia também o posto de chefe máximo da temível "Gestapo".
Não esquecer que os principais "feitos" dos nazis, quer dentro quer fora da Alemanha e até aos primeiros anos da 2ª Guerra Mundial, tiveram Reinhard Heydrich (1904-1942) como a principal figura de bastidores. Basta referir alguns exemplos: a "Noite das Facas Longas", as políticas de segregação dos judeus, que tiveram especial ímpeto a partir de 1935 e culminariam na "Noite de Cristal" em 1938; a criação e disseminação dos campos de concentração e extermínio; os "acontecimentos" forjados junto à fronteira com a Polónia que serviriam de pretexto para a sua invasão, que desencadearia a 2ª Guerra Mundial e, com especial destaque, a criação dos chamados "Einsatzgruppen", que não eram mais do que forças militares especialmente destinadas a fazer "limpezas", não só étnicas, nos territórios ocupados pela Alemanha Nazi. Foi também Heydrich quem iniciou uma campanha adicional, inicialmente dentro das fronteiras germânicas, destinada a eliminar todos os que fossem considerados, direta e indiretamente, "inimigos do 3º Reich". Foi também a principal figura por detrás da infame "Conferência de Wannsee", que teve lugar nos arredores de Berlim nos começos de 1942, cuja finalidade fora elaborar a denominada "Solução Final", que ditaria o extermínio "total e definitivo" dos judeus e que, obviamente, seria extensível a todos os indivíduos pertencentes ao que os nazis entendiam como "raças inferiores" (ou seja, todos os que não eram "arianos").
Conta-se igualmente que o seu aparente ego sem limites, teria sido quase permanentemente abalado por alguns complexos íntimos. Uma das suas características fisionómicas mais distintas, era o facto de, apesar de medir mais de 1,90, Reinhard Heydrich (1904-1942) conservar diversos traços de "miúdo", para além de ter uma voz muito pouco grave ("high pitched voice"). Desta forma, a sua exemplar e minuciosa crueldade era, também, uma forma de compensar as suas eventuais fragilidades...
Quando foi destacado para "pôr em ordem" o então denominado "Protetorado da Boémia e da Morávia" (entre 1941 e 1942), com capital em Praga, estava a cumprir a sua "missão" com particular rigor, minúcia e claro, crueldade máxima. Havia, inclusive, a previsão de que Heydrich, após ocupar o seu posto em Praga, seria transferido para a França ocupada, onde poria em prática medidas similares. O tornar-se o chefe máximo do 3º Reich, foi-se tornando o seu máximo objetivo da sua vida. Isto, em parte, explica todo o investimento em meios materiais e humanos, feito pelo governo britânico, com o objetivo de o eliminar o quanto antes.
Na sequência disto, no outono de 1941, são recrutados dois resistentes checoslovacos, com formação prévia militar, exilados em Inglaterra, Jozef Gabcik e Jan Kubis que, logo de seguida, recebem todo o treino e preparação necessários ao desempenho da sua missão de eliminar Reinhard Heydrich (1904-1942). Dois são lançados, secretamente de pára-quedas, durante a noite, perto da cidade de Praga, onde deveriam executar a sua secreta e extremamente difícil missão. Durante aproximadamente seis meses, cabe-lhes a árdua tarefa de estudar as rotinas do "Reichsprotektor" Reinhard Heydrich (1904-1942) que, habitualmente, estava sob uma quase impenetrável proteção. Contaram com a ajuda de habitantes locais, já previamente informados da missão que à sua frente desenhava e também de elementos da resistência local que haviam conseguido escapar e permanecer a salvo das, cada vez mais rigorosas, purgas ordenadas pelo, então, recém-chegado "Reichsprotektor" Reinhard Heydrich (1904-1942). Sabiam por isso, o enorme risco de vida que corriam.
Durante os vários meses na clandestinidade na região de Praga, Jozef Gabcik e Jan Kubis puderam testemunhar, em primeira mão, a expressão prática do governo de Reinhard Heydrich (1904-1942), o que só contribuiria para aumentar o seu empenho na sua missão de o eliminar. Entre outros aspetos, eram quase diárias as incursões particularmente violentas, quer de destacamentos militares, quer da polícia, que resultavam em assassinatos indiscriminados e prisões arbitrárias por entre a população e que haviam atingido com particular dureza os resistentes e "partisans" checos. Os campos de concentração e de extermínio, por seu turno, não paravam de se disseminar. Reinhard Heydrich (1904-1942), confiante na eficácia das suas políticas e fortemente gratificado pelo poder central nazi, sentia-se cada vez mais confiante e não hesitava em exprimi-lo publicamente. Pode-se afirmar que Heydrich portava-se como um autêntico "vice-rei". A sua crescente auto-confiança relativamente à eficácia das suas cruéis políticas, fê-lo sentir-se mais seguro da sua integridade física, ao ponto de chegar a circular de carro aberto descapotável com pouca ou nenhuma escolta e apenas acompanhado do seu chauffeur pessoal, que também era segurança. Para além do mais, a sua possível transferência para a França ocupada era agora mais do que certa. Isto tornava ainda mais urgente a sua eliminação.
Jozef Gabcik e Jan Kubis, auxiliados por outros membros da resistência checa, começam a ver uma esperança de levar avante a sua quase impossível missão, a partir precisamente daquele crescente afrouxar da defesa pessoal de Heydrich. Com minúcia adicional, mas mesmo assim com grave risco de vida, estudam ao detalhe os horários diários do temível "vice-rei" de Praga. O cumprimento da sua missão, devido a diversos fatores compreensíveis, foi várias vezes adiado.
O grande e crucial dia chegaria a 27 de Maio de 1942. Na manhã desse dia ensolarado, Jozef Gabcik e Jan Kubis, auxiliados por sete outros membros da resistência checa, posicionam-se estrategicamente, num local situado nos arredores de Praga. Esse local tinha a característica singular de a estrada que por aí passava fazer uma curva mais apertada que, para ser contornada, obrigava os condutores a diminuírem momentaneamente a velocidade dos automóveis. Este abrandamento era a oportunidade necessária para levar avante a execução de Reinhard Heydrich (1904-1942). Jozef Gabcik trazia consigo, escondida debaixo do casaco uma metralhadora "Sten" que ele havia montado na hora, enquanto Jan Kubis transportava uma granada anti-tanque modificada, para utilizar caso o plano não estivesse a correr como o previsto.
Acontece que, relativamente à hora prevista para o carro que transportaria o "Reichsprotektor" passar por aquele local, o tempo foi-se progressivamente atrasando. Para além do mais, o movimento de pessoas e veículos na zona foi aumentando gradualmente, sem esquecer que era uma zona onde regularmente passavam elétricos. Este passar do tempo tanto poderia ser vantajoso como desvantajoso para a execução do plano. Mesmo assim, Josef Gabcik, Jan Kubis e os outros resistentes que os auxiliavam decidiram aguardar para não terem de cancelar mais esta missão tão cuidadosamente preparada. Vão aproveitando o passar do tempo para se melhor posicionarem em ambos os lados da rua. A determinada altura, quando já começavam a pairar no ar dúvidas acerca do aparecimento do veículo descapotável onde Heydrich habitualmente se deslocava, eis que este é visto a surgir, passando ao lado de um elétrico que vinha no mesmo trajeto.
Um dos outros resistentes auxiliares, que se encontrava uns metros mais atrás de Gabcik e Kubis, de forma a os avisar previamente da chegada do veículo onde se deslocava Heydrich, conduzido pelo seu motorista e segurança Johannes Klein, faz sinais para os dois referidos resistentes checos se colocarem a postos. Como era de prever, o automóvel "Mercedes" preto descapotável, onde Reinhard Heydrich (1904-1942) surgia bem visível, é levado a abrandar a marcha para fazer a tal curva apertada.
Jozef Gabcik, com a sua metralhadora "Sten", coloca-se à frente do descapotável de Heydrich, com a finalidade de o eliminar com uma rajada que, a partir daquele ponto, seria decerto certeira. Contudo, ao pressionar o gatilho, a metralhadora não respondia. O Gabcik entrou em pânico.
Reinhard Heydrich (1904-1942) e o seu motorista poderiam ter acelerado e, assim, fugido sem sofrer qualquer dano. Todavia, contrariamente ao que seria esperado, logo que Heydrich percebeu que Jozef Gabcik não conseguia disparar a sua metralhadora, aquele ergueu-se no carro, enquanto gritava ao seu motorista e segurança para parar imediatamente, num tom fortemente ameaçador. Heydrich percebeu logo que tinha Jozef Gabcik completamente à sua mercê e estava decidido a assassiná-lo com a sua pistola "Luger" pessoal.
Acontece que ele não havia dado conta da presença no local dos outros companheiros do resistente checo. Desta forma e felizmente, Jan Kubis, pôde-se aproximar da traseira do "Mercedes" e lançar aí a sua granada de fabrico caseiro, cuja explosão impediria quer Heydrich, quer o seu motorista de disparar qualquer tiro por breves, mas cruciais, instantes.
Graças a isto, Jozef Gabcik pôde iniciar a fuga do local onde se encontrava e proteger-se melhor dos furiosos disparos dos dois nazis. De referir que o sopro da explosão rebentou com os vidros de um elétrico que passava então naquela curva apertada. Jan Kubis também é atirado para o chão com a força da explosão tendo, logo de seguida, e sob os furiosos disparos do motorista Klein, fugindo desesperadamente na sua bicicleta. Entretanto, Heydrich, ferido mas ainda com grande vigor, sai do seu lugar e começa também a disparar na direção primeiro de Kubis, depois de Gabcik que também fugia apavorado do local. Todavia, nenhum dos dois consegue acertar no outro. Os disparos indiscriminados dos dois nazis, acabariam ainda por atingir vários transeuntes, para além de um ou dois resistentes auxiliares. Graças à confusão e pânico que se haviam gerado entre os transeuntes, Gabcik consegue correr para fora do local, mas é perseguido pelo motorista Klein.
Na fuga, Gabcik consegue atingir Klein na perna, que acaba por cair, permitindo àquele fugir então para um lugar mais seguro. Heydrich, cambaleante, não consegue correr e volta a sentar-se no seu carro.
Julgou-se que o atentado tinha falhado... As metralhadoras "Sten" montáveis e que, então, eram uma importante inovação tecnológica, tinham o defeito de encravarem com facilidade, que foi o que aconteceu. Todavia, Reinhard Heydrich (1904-1942) havia sido ferido com gravidade pelos fragmentos da bomba caseira, lançada contra a parte traseira do seu carro. Conta-se que o elemento decisivo para o "envenenamento" do seu sangue e que levaria à inesperada septicémia tardia, com delírios, que acabaria por o matar, fora o couro dos bancos traseiros deste veículo.
Quando se soube que Reinhard Heydrich (1904-1942) tinha morrido aos 38 anos no hospital, ao fim de vários dias de agonia, os nazis na Checoslováquia iniciaram toda uma série de massacres neste país, incluindo o extermínio da população da povoação de Lidice, localizada perto de Praga, onde se suspeitava que os resistentes que executaram esta missão haviam encontrado apoio e alojamento. Estas e outras medidas vingativas foram executadas sob as ordens diretas dos "vice-protectors" Kurt Daluege (1897-1946) e, sobretudo, Karl Hermann Frank (1898-1946), o qual, com a eliminação de Reinhard Heydrich (1904-1942), havia ganho, desde logo, uma importância e um poder quase absolutos.
Após alguns dias de clandestinidade, Gabcik, Kubis e mais alguns resistentes checos auxiliares, encontram refúgio numa importante igreja de Praga onde, após confissões obtidas sob tortura, são descobertos e, após feroz resistência e vendo-se completamente cercados, põem termo à vida. Neste local hoje existe um memorial lembrando o feito heroico dos resistentes checos e em homenagem a todas as vítimas do regime nazi.
Entre as adaptações ao cinema da missão para eliminar Reinhard Heydrich (1904-1942), dois filmes se destacam: "Operation Daybreak" de 1975 e "Operation Anthropoid" de 2016.
O primeiro, "Operation Daybreak" foi realizado a partir de um romance de Alan Burgess, onde tanto o assassinato, como tudo o que o antecedeu e sucedeu, era simplesmente inspirado nos factos reais e fazia-se uma interpretação "livre" do que acontecera, claramente adaptada para cinema e com vista a se produzir um maior poder cénico e, entre outros aspetos, dar-se mais destaque à excelente interpretação de Anton Diffring (1916-1989), no papel de "Reinhard Heydrich".
"Operation Daybreak" (1975) - Cena do atentado.
Quanto ao segundo, "Operation Anthropoid" (2016), aqui procurou-se, pelo contrário, fazer um relato o mais fiel possível ao que realmente acontecera, dando-se um maior destaque à componente documental. A parte cénica do atentado fora conseguida de uma forma mais complexa do que havia sido feito no filme "Operation Daybreak" (1975). Recorreu-se, inclusive, a um quase sósia de "Reinhard Heydrich", que é um ator de origem germânica pouco conhecido do grande público, Detlef Bothe (1965-), contrariamente ao que acontecera antes com Anton Diffring (1916-1989), este um ator também de origem germânica, mas já então (1975) consagrado como ator favorito para interpretar papeis de oficiais e dirigentes nazis.
"Operation Anthropoid" - Trailer (2016).
Memorial junto à grande igreja de Praga, lembrando o feito heróico dos resistentes checos Jozef Gabcik e Jan Kubis e em homenagem a todas as vítimas do regime nazi.
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