Quando observado de perto, este instrumento difere bastante do mais conhecido trompete. O seu tubo metálico possui volta maior, um bocado à maneira da corneta ou clarim, o bocal é cónico, mas, o seu elemento fundamental é a sua campânula que é mais mais larga, permitindo-lhe produzir o seu som característico. Este som parece situar-se entre o de um trompete e o de uma trompa.
Em comparação com o trompete, o "flugelhorn" produz um som mais suave, largo, velado e distante. Faz lembrar um trompete “menos estridente e menos metálico”. É o ideal para composições mais intimistas e reflexivas. Menos incisivo do que o trompete, parece mais talhado para as baladas. Em termos gerais, o “fliscorne” tem sido menos utilizado em orquestras do que muitos dos seus “parentes” mais conhecidos, como o trompete, a trompa e o trombone. Mesmo assim, têm existido diversas composições orquestrais (clássicas) onde este instrumento assume um papel fundamental, nomeadamente no final do século XIX e princípios do século XX. Apesar de tudo, ao longo do século XX, o “flugel” tem sido cada vez mais utilizado em géneros musicais diversos, sem ser o Clássico, como o jazz e a música pop. Nos anos 60, este instrumento surgiu em diversos temas inseridos num género musical vulgarmente conhecido como “Easy-Listening”. Encontram-se vários exemplos deste estilo, em diversas composições de Burt Bacharach, tal como “Raindrops Keep Falling On My Head”, que foi interpretado por B. J. Thomas, e atingiu o topo da tabela de vendas, bem no final dessa década. De referir ainda que este tema faz parte da banda sonora do filme "Dois homens e um destino", estreado nesse mesmo ano (1969).
Sem comentários:
Enviar um comentário