Uma cadeira com uma perna maior do que a outra, uma sobreposição de traves de madeira de uma forma aparentemente comum, a louça de um lavatório colocado de baixo para cima, uma pintura sem título com duas zonas pintadas de cor diferente, um conjunto de lâmpadas fluorescentes dispostas em fila indiana e a representação de um quadrado amarelo gigante feito de alcatifa. Eis um conjunto mínimo de exemplos do que poderia ser incluído numa exposição de arte designada “minimalista”.
Este movimento artístico, que ainda possui muitos seguidores em todo o mundo, teve o seu grande período de afirmação nas décadas de 60 e 70. No entanto, poder-se-ão detectar diversos sinais antecessores nas décadas de 40 e, sobretudo, de 50. O seu principal centro de divulgação, por essa altura, encontrava-se nos Estados Unidos da América, com especial destaque para as cidades de Nova Iorque e Los Angeles, onde um número apreciável de artistas começou a produzir uma série de trabalhos artísticos, que iam definitivamente contra tudo aquilo que havia sido estipulado durante séculos como obra de arte.

Sem dúvida, que esta corrente artística terá chocado tanto a generalidade dos críticos de arte, muito confortáveis nas suas concepções adquiridas e julgada sapiência, como muitos dos visitantes dos museus e galerias de arte onde as suas obras conseguiram ver-se expostas. Como colocar no mesmo plano uma pintura de Jeronimus Bosch representando o Juízo Final e o urinol de porcelana de Marcel Duchamp?

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