Durante muito tempo, os museus eram instituições vocacionadas para o armazenamento e conservação dos bens legados do passado. Eram em número relativamente reduzido e preferencialmente situados em localidades com maior área e importância geopolítica. Geralmente eram espaços de grande volumetria, pouco apelativos para o público em geral, excepto para os curiosos e eruditos, o que vinha ao encontro de uma política muito disseminada de “porta fechada”. Isto é, os museus viam-se como guardiões de bens de valor incalculável e, muitas vezes, únicos e raros, para quem os visitantes eram vistos como invasores de um espaço quase sagrado, se não mesmo potenciais ladrões ou causadores de danos. Quanto mais selecto fosse o público visitante, mais os directores dos museus se sentiam seguros de estar a cumprir o seu dever.
Os objectivos de um museu centravam-se mais à volta dos objectos e da melhor maneira de os arrumar, proteger e, quando necessário, proceder aos necessários restauros. Muitas vezes, a forma de os dispor no espaço expositivo, não obedecia a nenhum critério específico de ordenamento. Quando muito, as peças eram ordenadas em função da sua proveniência ou dos seus autores e inventariadas de uma forma sumária, de acordo com a sua ordem de aquisição por parte das instituições museológicas.
Para além disso, a própria forma de as expor não facilitava muito a sua compreensão por parte dos visitantes, dado que era frequente a saturação dos espaços visíveis, ou seja, em cada espaço, fosse um recanto, um corredor ou uma divisão, eram colocadas várias peças em simultâneo, mesmo que fossem de natureza diferente.
A intenção da generalidade dos museus, ao exporem as suas peças e colecções, era mais a de mostrar a riqueza do seu espólio, como que pretendendo rivalizar entre si, do que facilitar a quem as observava, uma verdadeira compreensão lógica das exposições que se iam fazendo. Além do mais, quase não havia qualquer preocupação em tornar agradáveis as exposições ao olhar dos visitantes. Estes eram levados a observar tudo o que fosse possível durante o período de visita mas, muitas vezes, saíam sem nada compreender do que os seus olhos haviam apreendido.
Hoje em dia, pelo contrário, o grosso da sua actividade é orientada em função dos visitantes, ainda que exista, como é fundamental, uma necessidade de especialização e actualização permanente dos seus funcionários relativamente aos métodos de conservação e restauro.
São os visitantes verdadeira força motriz da actividade museológica. Foi graças ao seu crescente interesse pelo património e pela memória que nele surge representada, que houve, ao longo do séc. XX, um aumento exponencial da oferta e variedade de museus. A generalidade dos museus actualmente existentes dá uma importância primordial ao que se denomina de “feedback”, ou seja, a opinião da parte de quem os frequenta, como um elemento regulador das suas iniciativas.
Por outro lado, é cada vez mais reconhecida a importância do museu enquanto agente transmissor de educação, essencial na formação integral dos cidadãos. Uma educação, ao mesmo tempo, distinta e complementar da que é fornecida a nível escolar. Os seus visitantes, ao circularem pelos corredores e divisões dos museus são despertados para diversas realidades e perspectivas que o seu quotidiano geralmente não oferece.
Para muitos, será a única oportunidade que têm de apreciar ao vivo um número significativo de obras de arte e outros artefactos caídos em desuso. Esta sua interacção com os objectos observados, ajuda-os a desenvolver o seu gosto estético e a tomar conhecimento com a diversidade da produção cultural, quer seja da sua localidade ou da sua nação, quer seja proveniente de outras regiões do mundo com culturas mais ou menos distintas. Os visitantes ao serem confrontados com realidades muito distintas da sua, são levados directa ou indirectamente a desenvolver um espírito mais tolerante em face das disparidades culturais e mesmo religiosas que caracterizam o nosso planeta.
Por outro lado, ao entrarem em contacto com bens legados de outros tempos, de outras civilizações, enriquecem o seu conhecimento histórico, que não raras vezes é muito superficial e descontextualizado. Igualmente ajuda-os a consolidar e a memorizar, os conhecimentos já adquiridos. Para além disto, a cada vez maior utilização das novas tecnologias, por parte dos museus pode levar os seus visitantes a visualizar ou mesmo reviver vários aspectos de realidades já passadas, de uma forma passiva ou activa, o que, na verdade, lhes vai acabar por fornecer um nível de conhecimento por vezes superior ao que conseguiram obter em anos de formação escolar.
Esta faceta do museu, como instituição que presta um serviço educativo, posiciona-o, com grande destaque, no grupo restrito das instituições de reconhecida utilidade pública. No entanto, o investimento dos museus no campo didáctico e pedagógico é algo relativamente recente e é ainda um terreno com muito para explorar.
Os objectivos de um museu centravam-se mais à volta dos objectos e da melhor maneira de os arrumar, proteger e, quando necessário, proceder aos necessários restauros. Muitas vezes, a forma de os dispor no espaço expositivo, não obedecia a nenhum critério específico de ordenamento. Quando muito, as peças eram ordenadas em função da sua proveniência ou dos seus autores e inventariadas de uma forma sumária, de acordo com a sua ordem de aquisição por parte das instituições museológicas.
Para além disso, a própria forma de as expor não facilitava muito a sua compreensão por parte dos visitantes, dado que era frequente a saturação dos espaços visíveis, ou seja, em cada espaço, fosse um recanto, um corredor ou uma divisão, eram colocadas várias peças em simultâneo, mesmo que fossem de natureza diferente.
A intenção da generalidade dos museus, ao exporem as suas peças e colecções, era mais a de mostrar a riqueza do seu espólio, como que pretendendo rivalizar entre si, do que facilitar a quem as observava, uma verdadeira compreensão lógica das exposições que se iam fazendo. Além do mais, quase não havia qualquer preocupação em tornar agradáveis as exposições ao olhar dos visitantes. Estes eram levados a observar tudo o que fosse possível durante o período de visita mas, muitas vezes, saíam sem nada compreender do que os seus olhos haviam apreendido.
Hoje em dia, pelo contrário, o grosso da sua actividade é orientada em função dos visitantes, ainda que exista, como é fundamental, uma necessidade de especialização e actualização permanente dos seus funcionários relativamente aos métodos de conservação e restauro.
São os visitantes verdadeira força motriz da actividade museológica. Foi graças ao seu crescente interesse pelo património e pela memória que nele surge representada, que houve, ao longo do séc. XX, um aumento exponencial da oferta e variedade de museus. A generalidade dos museus actualmente existentes dá uma importância primordial ao que se denomina de “feedback”, ou seja, a opinião da parte de quem os frequenta, como um elemento regulador das suas iniciativas.
Por outro lado, é cada vez mais reconhecida a importância do museu enquanto agente transmissor de educação, essencial na formação integral dos cidadãos. Uma educação, ao mesmo tempo, distinta e complementar da que é fornecida a nível escolar. Os seus visitantes, ao circularem pelos corredores e divisões dos museus são despertados para diversas realidades e perspectivas que o seu quotidiano geralmente não oferece.
Para muitos, será a única oportunidade que têm de apreciar ao vivo um número significativo de obras de arte e outros artefactos caídos em desuso. Esta sua interacção com os objectos observados, ajuda-os a desenvolver o seu gosto estético e a tomar conhecimento com a diversidade da produção cultural, quer seja da sua localidade ou da sua nação, quer seja proveniente de outras regiões do mundo com culturas mais ou menos distintas. Os visitantes ao serem confrontados com realidades muito distintas da sua, são levados directa ou indirectamente a desenvolver um espírito mais tolerante em face das disparidades culturais e mesmo religiosas que caracterizam o nosso planeta.
Por outro lado, ao entrarem em contacto com bens legados de outros tempos, de outras civilizações, enriquecem o seu conhecimento histórico, que não raras vezes é muito superficial e descontextualizado. Igualmente ajuda-os a consolidar e a memorizar, os conhecimentos já adquiridos. Para além disto, a cada vez maior utilização das novas tecnologias, por parte dos museus pode levar os seus visitantes a visualizar ou mesmo reviver vários aspectos de realidades já passadas, de uma forma passiva ou activa, o que, na verdade, lhes vai acabar por fornecer um nível de conhecimento por vezes superior ao que conseguiram obter em anos de formação escolar.
Esta faceta do museu, como instituição que presta um serviço educativo, posiciona-o, com grande destaque, no grupo restrito das instituições de reconhecida utilidade pública. No entanto, o investimento dos museus no campo didáctico e pedagógico é algo relativamente recente e é ainda um terreno com muito para explorar.
1 comentário:
Bom estudo.
Desculpa-me aligeirar:
a velha perspectiva de "museu" lembra-me as ACTUAIS lojas de comércio na baixinha...
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