Esta enorme massa anónima de indivíduos, vive mergulhada numa ilusão de progresso, contando sempre com a ideia, muitas vezes não concretizada, de que as dificuldades do momento são verdadeiramente passageiras. Na verdade, segundo o autor, esta economia de mercado, ao fim e ao cabo, não leva o ser humano a progredir realmente. Oferece um progresso aparente, que parece indicar que nada poderia ser melhor, quando, na verdade, mantém o ser humano permanentemente agrilhoado em correntes que, essas sim, vão mudando de cor e, não raras vezes, parecem tornar-se cada vez mais poderosas e subtis em simultâneo.Na sequência disto, o autor faz uma referência à ideia de “Liberdade”, como um pilar fundamental na completa realização da Humanidade a que, em princípio, todos parecem aspirar. No entanto, há noções divergentes de “Liberdade”. Por exemplo, há a liberdade obtida em função dos privilégios e do poder, que acaba por, na verdade, servir a uma minoria poderosa e aquela que, devidamente regulada, surge de uma interacção igualitária entre os vários parceiros sociais, onde cada indivíduo se sente como parte de um todo que não o descrimine pela negativa, apesar de ter a sua individualidade preservada. O autor refere a mistificação dos defensores da economia de mercado quando estes argumentam que esta é uma salvaguarda da liberdade dentro da sociedade, pois as desigualdades que se criam são desencadeadoras de extremismos de todo o tipo. Por outro lado, considera que os dois exemplos de regimes políticos mais extremistas de então, o fascismo e o regime soviético, falharam enquanto resposta aos eventuais vícios do liberalismo, este tão favorável à cada vez mais vigente economia de mercado que, ainda sob outros cambiantes, hoje ainda se mantém.
quarta-feira, dezembro 28, 2011
Economia de mercado e liberdade
Esta enorme massa anónima de indivíduos, vive mergulhada numa ilusão de progresso, contando sempre com a ideia, muitas vezes não concretizada, de que as dificuldades do momento são verdadeiramente passageiras. Na verdade, segundo o autor, esta economia de mercado, ao fim e ao cabo, não leva o ser humano a progredir realmente. Oferece um progresso aparente, que parece indicar que nada poderia ser melhor, quando, na verdade, mantém o ser humano permanentemente agrilhoado em correntes que, essas sim, vão mudando de cor e, não raras vezes, parecem tornar-se cada vez mais poderosas e subtis em simultâneo.Na sequência disto, o autor faz uma referência à ideia de “Liberdade”, como um pilar fundamental na completa realização da Humanidade a que, em princípio, todos parecem aspirar. No entanto, há noções divergentes de “Liberdade”. Por exemplo, há a liberdade obtida em função dos privilégios e do poder, que acaba por, na verdade, servir a uma minoria poderosa e aquela que, devidamente regulada, surge de uma interacção igualitária entre os vários parceiros sociais, onde cada indivíduo se sente como parte de um todo que não o descrimine pela negativa, apesar de ter a sua individualidade preservada. O autor refere a mistificação dos defensores da economia de mercado quando estes argumentam que esta é uma salvaguarda da liberdade dentro da sociedade, pois as desigualdades que se criam são desencadeadoras de extremismos de todo o tipo. Por outro lado, considera que os dois exemplos de regimes políticos mais extremistas de então, o fascismo e o regime soviético, falharam enquanto resposta aos eventuais vícios do liberalismo, este tão favorável à cada vez mais vigente economia de mercado que, ainda sob outros cambiantes, hoje ainda se mantém.
segunda-feira, outubro 17, 2011
Três nações na disputa da hegemonia europeia
sexta-feira, agosto 26, 2011
Rod Stewart "Turn The Music Down" em CD: Uma fraude? Talvez não...
O grupo em questão respondia pelo nome de Python Lee Jackson. Quase ninguém, ainda para mais em terras portuguesas, terá ouvido falar em tal grupo musical e saberá, sequer, a sua localização espacio-temporal. Mesmo no panorama dominante da música anglo-americana, tal grupo surgirá quase como uma breve nota de fundo de página, quase ignorada mas incontornável, precisamente graças à acidental presença de Rod Stewart.
Na verdade, o veterano artista, que será a razão para muitos comprarem esta colectânea, é simplesmente um convidado, pois nunca foi membro dos Python Lee Jackson. Aliás, neste breve universo de 10 canções, Rod Stewart surge como vocalista em apenas 3, mais concretamente nos temas "The Blues", "Doing Fine (Cloud Nine)" e, claro está, no genial "In A Broken Dream". Nos outros 7 temas, incluindo o que dá o título a esta colectânea ("Turn The Music Down"), a parte vocal fica a cargo de um certo Dave Bentley, teclista, líder e principal compositor dos Python Lee Jackson. (em baixo) O disco é completamente desprovido de qualquer detalhe informativo, salvo nos (breves) créditos autorais dos temas seleccionados.
Como entra aqui Rod Stewart, numa banda a que ele nem sequer pertencia? A história por trás disto não é completamente clara, mas uns breves dados adicionais poderão fazer alguma luz sobre este episódio curioso.A banda Python Lee Jackson (em cima, em 1966) era originária da Austrália, mais concretamente, de Sydney. Terá iniciado as suas actividades em 1965, sob o breve nome de "Blues Breakers" em cuja formação já ponteava o elemento fundamental Dave Bentley. Era essencialmente um grupo que actuava ao vivo e chegaria a conquistar alguma popularidade em terras australianas. O seu estilo musical misturava rock, pop e, como marca distintiva, blues, que, na segunda metade dos anos 60, era um género que conquistava muitos adeptos e popularidade no panorama da música anglofona. Na Inglaterra, por exemplo, abundavam grupos de jovens cantores brancos que idolatravam a música negra e tentavam emular os seus (estes veteranos) cantores de blues. Os Yardbirds, (em baixo) com Eric Clapton e Keith Relf em destaque, eram um perfeito e bem sucedido exemplo destes numerosos bluesmen. O cantor Rod Stewart (em baixo), em início de carreira, também tentava singrar, com muito empenho e sacrifício, neste mundo peculiar do blues. A sua fama como um cantor e performer de excepção crescia a olhos vistos por entre a comunidade musical britânica, mas o seu verdadeiro reconhecimento público ainda estava para vir.
domingo, junho 05, 2011
Alguns impactos da Revolução Industrial no Século XIX
A miséria vivida por aqueles que se aglomeravam nas zonas pobres das cidades era, muitas vezes, mais dura e permanente do que aquela que, de quando em quando, afligia os que viviam do básico trabalho da terra.
sábado, maio 21, 2011
O que os jornais e as televisões não mostram
segunda-feira, março 21, 2011
Guerras surdas e paz aparente
O autor olha para trás no tempo, e encontra as raízes dessa conjuntura conflituosa bem firmadas no Século XIX e no “concerto europeu” em que se vivia desde o fim das invasões napoleónicas até ao rebentar da 1ª Grande Guerra. Os ditos “cem anos de paz” haviam sido antes um crescendo de tensões e rivalidades entre as várias nações europeias, mal resolvidas, aqui e ali, através de diversos tratados e alianças, vagamente abalados por alguns conflitos internos e locais. A Primeira Guerra Mundial, para o autor, não surge mais do que um desfecho lógico de toda essa conflitualidade surda, que parecia contradizer um aparente clima de paz. Chega ainda a partilhar, com outros historiadores, a teoria de que o Século XIX, na verdade, se havia prolongado pelo, então, novo Século XX, o qual só se havia verdadeiramente iniciado com o conflito 1914-1918. O autor vai ainda mais longe ao afirmar que o período entre-guerras (décadas de 20 e 30) não seria mais do que um avolumar de questões que não haviam ficado resolvidas, materializando-se em novas turbulências, nem sempre muito veladas, e de que a segunda conflagração mundial em que se vivia, não era mais do que uma muito expressiva confirmação. Vai ainda mais longe ao afirmar que esse, então, presente conflito trazia no seu âmago ainda sequelas desse tão peculiar Século XIX, feito de uma paz mais aparente do que real.